12.5.07

Solidão e a Força Geradora

...mas enfim meu caro amigo,
dividirás tal responsabilidade
tão ardua comigo?
Irmãos somos neste nada sem sentido.
Somos sós nesta imesidão.
Por que o que somos
é o que geramos.

Antes de tudo o mais
Houve o meu proprio eu
E me vi só e unico.
E a esperança da companhia
se esvaia a cada segundo.
Eternos segundos da eternidade...
Mas então você veio, amigo.

E o criamos os seus limites
e estamos alem destes.
Conversamos sobre o inicio
e o fim dos tempos
"O tempo terá seu fim.
Mas e o fim conhecerá o seu?"

Grande vacuo do universo observavel,
a Força Geradora se lisonjeia
com as palavras do jovem sabio
e responde com sua voz suave:
"O que somos, irmão?
Somos cativos dos limites
Estamos presos por que os criamos.
Antes não conheciamos
E agora danou-se.
Pois somos o que geramos"

Solidão pensa e contenta-se.
Descobriu-se lava
e pela primeira vez lamentou
e seu lamento ecoou
e voltou para si:
"Razão, irmão, tu tens
Não mais infindo e infinito
somos o que geramos
e o limite nos tocou."

Descobriram-se limitados
as suas proprias existencias
e ao vazio universal fechou-se neles
O frio da eternidade ainda escuta
lamentos quentes da lava sólida
E agora o fim tem , enfim,
seu tão merecido começo...

2 comentários:

  1. Sem nenhuma reação, a mente é essa solidão; ela não precisa passar por ela, é ela.

    http://www.cuidardoser.com.br/sobre-solidao.htm
    Sobre Solidão - Krishnamurti.

    Somos solidão.

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