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Misto-Quente - Charles Bukowski
Engraçado como um titulo pode não ter nada a ver com o livro.
Recentemente terminei de lê-lo e me perguntei ate que ponto um titulo deve ter ou não uma relação com seu conteúdo(isso se tiver algum conteudo que pague a pena).
Misto-Quente é um livro repleto de simplicidade na forma de narrar. Principalmente em se tratando de uma historia de infelicidade coletiva. O contexto é os Estados Unidos durante o periodo da quebra da bolsa de Nova Iorque(1929) e se encerrando durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial. Uma criança alemã cresce nos EUA desde sua primeira infância e preserva-se no direito(?) de se sentir infeliz desde então até o fim de sua vida. Pais simplórios( um pai extremamente violento e uma mãe passiva e submissa) acabam por terminar de enterrar toda a sensibilidade, já sem espaço, numa época em que o individualismo crítico não dá espaço a uma liberdade criativa e muito menos a uma busca pela felicidade. A partir de tal cenário da pra entender que a cultura de vencedores e perdedores tão presente no consciente coletivo estadunidense é muito mais bem fundamentada e enraizada do que se possa imaginar.
Sempre há uma especie de exclusão e submissão em se tratando de um grupo menos privilegiado, outro extremamente violento e outro repleto de favorecimentos. A violência é exercida quase que em todo momento durante o livro e é introduzida na personalidade do protagonista de uma forma tão constante que a crescente presença da brutalidade na personalidade da criança não nos surpreende forma alguma durante seu crescimento e seu convivio social.
O enredo do livro é fraco e extremamente simplista e, no entanto, é justamente tal simplicidade que nos prende ao livro. O autor escreve com muita clareza e sem rodeios e não trata de esconder ou mistificar qualquer aspecto do protagonista. A tristeza é plena no livro. E o personagem...
Bem este não se permite um momento sequer de autopiedade.
Bem-vindo ao mundo de Henry Chinasky.
Recentemente terminei de lê-lo e me perguntei ate que ponto um titulo deve ter ou não uma relação com seu conteúdo(isso se tiver algum conteudo que pague a pena).
Misto-Quente é um livro repleto de simplicidade na forma de narrar. Principalmente em se tratando de uma historia de infelicidade coletiva. O contexto é os Estados Unidos durante o periodo da quebra da bolsa de Nova Iorque(1929) e se encerrando durante os primeiros anos da Primeira Guerra Mundial. Uma criança alemã cresce nos EUA desde sua primeira infância e preserva-se no direito(?) de se sentir infeliz desde então até o fim de sua vida. Pais simplórios( um pai extremamente violento e uma mãe passiva e submissa) acabam por terminar de enterrar toda a sensibilidade, já sem espaço, numa época em que o individualismo crítico não dá espaço a uma liberdade criativa e muito menos a uma busca pela felicidade. A partir de tal cenário da pra entender que a cultura de vencedores e perdedores tão presente no consciente coletivo estadunidense é muito mais bem fundamentada e enraizada do que se possa imaginar.
Sempre há uma especie de exclusão e submissão em se tratando de um grupo menos privilegiado, outro extremamente violento e outro repleto de favorecimentos. A violência é exercida quase que em todo momento durante o livro e é introduzida na personalidade do protagonista de uma forma tão constante que a crescente presença da brutalidade na personalidade da criança não nos surpreende forma alguma durante seu crescimento e seu convivio social.
O enredo do livro é fraco e extremamente simplista e, no entanto, é justamente tal simplicidade que nos prende ao livro. O autor escreve com muita clareza e sem rodeios e não trata de esconder ou mistificar qualquer aspecto do protagonista. A tristeza é plena no livro. E o personagem...
Bem este não se permite um momento sequer de autopiedade.
Bem-vindo ao mundo de Henry Chinasky.
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PS.: Quanto ao autor, vou procurar mais material sobre ele e com certeza o próximo livro que lerei será NOTAS DE UM VELHO SAFADO. Essa eu quero ver.
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